Uma coisa que dá sempre confusões é a história da exclusividade…Sempre ou quase sempre, mas quando os clientes escolhem trabalhar comigo, isto é, passarem-me a sua casa para venda, há duas coisas essenciais que não há como contornar:
- A comissão de 5%
- O Regime de exclusividade na angariação
Em relação à comissão, a RE/MAX trabalha com este percentual e em alguns casos com 6% ( que acredito que seja o futuro mais tarde ou mais cedo). Não esquecer, é líder de mercado, somos uma rede de milhares e cada um de nós tem X clientes. Há sempre um cliente para qualquer uma das casas que angariamos. Pelo serviço que oferecemos, pela qualidade que nos propomos a entregar no processo, acreditamos que os 5% é o valor justo a pagar. Mas até aqui tudo pacífico…
A maior questão vem quando explico que apenas trabalho em regime de exclusividade. Algumas pessoas torcem o nariz e então eu vou tentar explicar da melhor forma, como funciona e porque é que faz tanto sentido vender atribuindo exclusividade na angariação a um agente:
- Se entregamos a nossa casa a alguém para a vender é porque confiamos acima de tudo nessa pessoa. Essa pessoa vai ser uma espécie de “project manager” de todo o processo. Apenas uma chave, apenas uma pessoa a abrir as portas da nossa casa, apenas esta pessoa que ao receber as visitas, sabe quem entra em nossa casa, apenas ela pode abrir armários e mexer nas nossas coisas. Apenas uma pessoa para nos resumir o dia de visitas, fazer um ponto de situação, passar propostas etc, etc, etc. Não há 20 chaves, nem 20 pessoas de agências diferentes a bombardear-nos com telefonemas e pedidos de visitas, não é preciso gerir horários de visitas connosco, não temos que responder directamente a clientes compradores (e acreditem que há perguntas que nos podem deixar embaraçados), não temos que entrar nos OLX’s da vida e encontrar 20 anúncios da mesma casa, muitos deles às vezes com preços diferentes. Vejam a imagem que isto dá… :/
- A Exclusividade é apenas na ANGARIAÇÃO. A venda é partilhada com O MUNDO INTEIRO. E digo o mundo inteiro porque é literalmente isto. Por detrás da lógica de angariação em exclusivo, está a lógica de partilha de comissão em iguais partes. Isto significa que o angariador vai ganhar metade da comissão e, qualquer outro colega, agência, marca, intermediário, etc, vai ganhar a outra metade pelo lado da venda. Isto leva-nos ao seguinte: um angariador que angaria em exclusivo está mil vezes mais motivado que um agente que sabe que para a mesma casa tem 20 colegas à mistura. Muitas vezes eles nem sabem bem se a casa que estão a mostrar já está vendida ou tem propostas, tal é distanciamento que o processo em aberto implica (“para que é que me vou esforçar se há mil colegas que estão a levar lá pessoas e qualquer uma delas pode fazer proposta?!) e, por isso, no sistema em aberto a motivação de quem angaria é totalmente diferente. O esforço, a energia e o investimento que coloca numa angariação nada tem a ver com quem trabalha em regime aberto. Quem angaria em exclusivo tem a “responsabilidade” e missão de vender aquele imóvel desde o primeiro dia. Será remunerado por isso garantidamente e ninguém mais interessado que ele (talvez mais só o proprietário) em ir até ao fim do mundo para vender o que angariou!
Para não ser muito chata, acho que estes são os pontos chave deste regime de exclusividade na angariação em que trabalho eu e todos os meus colegas na RE/MAX e em que acredito ser realmente o melhor.
Por aí alguém a pensar vender casa? Já pensaram nestas questões desta forma?
P.S.: Achei esta imagem do post o máximo e ilustra muito bem as questões que aqui falo 😉